Como combater a saturação informativa?
Há já alguns anos que em algumas ocasiões se poderá sentir cansado com a intensa repercussão e excessiva cobertura de certos temas noticiosos.Não temos a menor dúvida que, após a Revolução Digital, odeia a repetição de estes temas se os seus contactos não pararem de os comentar nas Redes Sociais ou se o seu smartphone ferve com notificações de meios de comunicação social e plataformas de notícias, que tudo o que fazem é sobrecarrega-lo com informação.
Muitas vezes a saturação provém especialmente das Redes Sociais. Metade dos norte-americanos admite consultar as notícias, essencialmente, através do Facebook. Por este motivo (e outros mais) surgiu o debate das notícias falsas durante a campanha presidencial que tornou Donald Trump presidente.
Como melhorar a nossa “dieta informativa”?
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Em declarações ao The New York Times, alguns professores universitários e especialistas asseguravam que existe muito conteúdo e que apenas prestamos atenção ao que nos interessa, assim como à frustração que gera saber que alcançamos menos que a ponta do iceberg. “A internet nunca lhe disse: vá embora, já teve acesso a conteúdos suficientes”.
Denota-se um desejo de estar em cima do acontecimento, de perceber quais são as verdadeiras notícias de última hora e, essencialmente, da necessidade do utilizador em estar informado. Curtis W. Reisinger, um psicólogo clinico do Hospital Zucker Hillside recomenda baixar as espectativas e não recorrer a conteúdo demasiado informativo antes de dormir, mas sim a conteúdos de entretenimento.
Igualmente, Nir Eyal, um especialista em comportamentalismo escreveu: “Como estar informado sem perder a cabeça”. Nele, Eyal denuncia a ansiedade que a constante pesquisa de notícias cria, e propõe mudanças nos nossos hábitos: reduzir o número de apps (de acesso a informação) no nosso smartphone ou recorrer aos jornais em papel onde existe o acesso a notícias de segunda categoria que retratam aspetos do nosso interesse.
Como criar informação para os ‘saturados’?
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–Em Poynter, indicam como a Associação Americana de Psicologia deu algumas orientações para as pessoas que estavam saturadas de informação durante as eleições norte-americanas. Às vezes faz falta que se consiga manter à margem das redes sociais ou dos meios de comunicação (ou ambos) para conseguir respirar.
Inevitavelmente, cada peça ou artigo deve começar como se fosse a primeira vez que o leitor teria acesso à informação, uma vez que o devemos introduzir à notícia. Aqui surge a importância chave do contexto. Essa exposição deve ser gradual. Evitar o salto direto do contexto à última notícia. Como salienta o artigo de Poynter, nem todos desejam ser especialistas nesse tema em concreto.
Por fim, existe o valor da comunidade e, apesar de a notícia não aprofundar tudo o que gostaríamos, pode conduzir o leitor à oferta de conteúdo que possuem os meios de comunicação.