Sobre Snapchat, Whattsapp e comunicação em tempo real

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Ler Enrique Dans é sempre proveitoso e inspirador. Como quando escreve sobre o Snapchat Discover e novas maneiras de distribuir conteúdo nas redes sociais. É interessante porque falamos da evolução do Snapchat nos Estados Unidos (vamos ver se o fenómeno se expande), que passou de uma pura rede social a um de perfil privado a espaço onde as marcas a podem usar para mostrar o seu conteúdo segmento de população muito jovem. Precisamente entre os quais está a crescer o uso das redes.

O caso é que tanto a Snapchat como o Whattsapp podem ser potentes ferramentas de comunicação e marketing em tempo real também para as marcas e para os meios. Casos de êxito e exemplos de audácia existem uns poucos. A NRK P3, uma emissora de rádio pública norueguesa dedicada ao público juvenil, produz newscasts que mais tarde distribuem através do Snapchat.

“A P3nyheter quer fazer chegar as notícias ao público jovem onde quer que se encontrem”, explica um dos produtores do espaço. Fazem-no criando histórias de 90 segundos (aproximadamente) com grande presença visual. Além disso, pedem a participação do usuário na rede ao pedir que enviem imagens em determinados eventos. Têm 2.500 followers.

O serviço de Whattsapp da BBC na África Ocidental para informar sobre a Ébola é outro exemplo mestre de jornalismo e comunicação em tempo real usando este tipo de canais tão imediatos. A CNN, National Geographic, ESPN… são outros que estão a experimentar o terreno.

O crescimento do Snapchat, a nova ‘It girl’ do negócio segundo Mathew Ingram, fala da excecional importância do telemóvel e do seu impacto imediato no consumo de informação, sobretudo, entre um público de menor idade. Meios e marcas têm a obrigação de experimentar essas possibilidades, apesar de que a sua eficácia todavia não ter sido comprovada, e porque o público vai usá-las cada vez mais. Embora agora pareça um ludíbrio de terceiros no qual não vale a pena investir.